Segundo o relatório trimestral de inflação divulgado pelo Banco Central, a maioria das convenções coletivas de trabalho negociadas até agosto deste ano resultaram em reajustes salariais acima da inflação para os trabalhadores, com mais de 80% delas alcançando esse feito. Os reajustes salariais nominais, em média, foram de 4,6% em agosto, mantendo-se estáveis em torno de 5% desde o ano anterior.
Além disso, o relatório aponta que a massa salarial está em crescimento, o desemprego permanece baixo, com uma taxa de 6,9% no último trimestre finalizado em julho, próxima da menor taxa histórica registrada. O aquecimento da atividade econômica e a positividade do mercado de trabalho estão exercendo pressão sobre a inflação, mas também contribuindo para elevar a projeção do PIB para 3,2% neste ano.
Os salários reais de admissão estão em constante ascensão, com um aumento de 0,7% no trimestre encerrado em julho e um incremento real de 1,9% em relação ao ano anterior. A geração líquida de empregos atingiu 1,5 milhão no acumulado do ano até julho, com destaque para a indústria de transformação e para o segmento de atividades administrativas e serviços complementares.
O relatório também apresenta projeções futuras para o mercado de trabalho, prevendo uma redução no desemprego, uma diminuição na ociosidade e uma maior facilidade em encontrar boas oportunidades de emprego, com expectativa de crescimento de empregos formais e aumento da taxa de rotatividade.