Uma pesquisa recente indicou que o eleitorado americano considera o gênero como um fator mais preocupante para a candidata democrata Kamala Harris do que foi para Hillary Clinton durante as eleições de 2016. Segundo o levantamento da AP/Norc, cerca de 40% dos eleitores acreditam que o fato de Kamala ser mulher pode prejudicá-la, enquanto aproximadamente 30% acreditam que isso poderia beneficiá-la, e 25% não veem essa questão como relevante.
Em comparação, durante a candidatura de Hillary Clinton, os números eram mais favoráveis, com 37% dos eleitores considerando o gênero dela como um trunfo na eleição. A pesquisa também apontou que 41% dos eleitores acreditam que o gênero de Trump pode favorecê-lo na corrida presidencial deste ano, em contraste com cerca de 28% em 2016.
Quando se trata de uma possível disputa entre Kamala e Trump, os eleitores democratas são mais propensos a enxergar o gênero como uma ameaça para ela e como uma vantagem para ele. O estudo foi realizado com 2.028 adultos nos EUA, entrevistados de 12 a 16 de setembro, e possui uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais.
Esses resultados surgem em um momento crucial, a menos de 50 dias das eleições americanas, após o primeiro debate entre os candidatos, onde as campanhas buscam conquistar os eleitores indecisos e assegurar uma vantagem numérica. A pesquisa também abordou a percepção dos eleitores sobre a discriminação contra as mulheres nos Estados Unidos, revelando que 66% dos entrevistados acreditam na persistência desse tipo de preconceito, representando uma queda em relação a 2016. As mulheres são mais propensas do que os homens a perceber essa discriminação, com 73% das mulheres e 58% dos homens concordando com essa afirmação.