O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, fez um discurso desafiador durante as orações de sexta-feira na mesquita Grande Mosalla, em Teerã, sua primeira aparição pública em cinco anos. Khamenei defendeu os ataques do Hamas contra Israel e os lançamentos de mísseis do Irã, instando muçulmanos a se unirem na luta contra os israelenses em meio ao crescente conflito no Oriente Médio.
Ele enfatizou a legitimidade das ações das forças armadas iranianas, argumentando que o povo palestino tem o direito de se defender. Khamenei também criticou Israel e os Estados Unidos, acusando-os de buscar controlar os recursos energéticos da região.
A escalada de tensões na região teve início com um ataque do Hamas, apoiado pelo Irã, e envolveu o Hezbollah, aliado de Khamenei. A situação se agravou com a morte de líderes desses grupos, resultando em um aumento das hostilidades.
Analistas apontam que o Irã está lidando com uma situação delicada, com Israel desafiando sua estratégia de evitar um conflito direto. A incerteza em torno da sucessão de Khamenei, juntamente com desafios econômicos e sociais, contribuem para a instabilidade na região.
Há especulações em Israel sobre possíveis desdobramentos, como ações contra o programa nuclear iraniano ou ataques a refinarias de petróleo. A sucessão de Khamenei e a presença de grupos radicais no governo que defendem a guerra também aumentam a incerteza no Irã.