O chanceler da China, Wang Yi, informou que o documento sobre a Guerra da Ucrânia, assinado com Celso Amorim, tem recebido apoio crescente, de acordo com informações divulgadas pela agência Xinhua e pela diplomacia chinesa. Durante a reunião de chanceleres dos países do Brics em Nijni Novgorod, na Rússia, Wang mencionou que a China e o Brasil emitiram seis entendimentos comuns sobre a questão da Ucrânia, e que cada vez mais países estão entendendo e aprovando esses acordos.
Segundo o porta-voz Lin Jian, 52 países e organizações internacionais confirmaram que endossam os entendimentos comuns ou estão analisando a forma de endossá-los, incluindo Hungria e Nicarágua. O documento propõe a realização de uma conferência internacional de paz, com a participação igualitária de todas as partes relevantes, além de esforços para aumentar a assistência humanitária e prevenir uma crise humanitária de maior escala.
A iniciativa da China e Brasil difere de um encontro marcado na Suíça, para o qual a Rússia não foi convidada, levando o Brasil e outros países a argumentarem que não faz sentido discutir um fim negociado para a guerra sem a presença de ambas as partes envolvidas. O presidente Lula conversou recentemente com o presidente russo, Vladimir Putin, reiterando a defesa de negociações de paz que envolvam os dois lados do conflito, em conformidade com o documento assinado por Amorim e Wang.