Estudo científico aponta para agravamento da crise climática e fase crítica
De acordo com um relatório anual liderado pela Universidade de Oregon e publicado na revista BioScience, os sinais vitais do planeta estão se deteriorando, indicando que estamos adentrando em uma etapa “crítica e imprevisível” da crise climática. Os pesquisadores alertam que a estrutura da vida na Terra está em perigo e que nos encontramos à beira de um desastre climático irreversível.
O estudo revela que as emissões de combustíveis fósseis atingiram níveis sem precedentes, levando a um aumento de temperatura de cerca de 2,7°C até o ano de 2100. Os cientistas ressaltam que as atuais políticas climáticas falharam em evitar impactos graves e que estamos enfrentando um estado climático nunca antes visto pela humanidade.
O relatório destaca áreas cruciais para mudanças, como energia, poluição, conservação ambiental, alimentação e economia. Dados alarmantes apontam que 2022 registrou temperaturas recordes nos oceanos e o verão mais quente do Hemisfério Norte em 2.000 anos.
Os pesquisadores enfatizam que as emissões de dióxido de carbono e outros gases de efeito estufa resultantes da atividade humana são os principais impulsionadores das mudanças climáticas. Além disso, destacam a ocorrência de desastres climáticos, como incêndios florestais no Chile e chuvas intensas na África, que evidenciam os impactos devastadores das mudanças climáticas.
O relatório também alerta para o crescimento da população humana e da criação de animais ruminantes, que contribuem significativamente para as emissões de gases de efeito estufa. A situação é descrita como uma transformação climática abrupta que representa uma ameaça sem precedentes à vida no planeta.