O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes rejeitou o pedido do ex-presidente Jair Bolsonaro para arquivar o inquérito que investiga o vazamento de dados sigilosos do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Moraes justificou sua decisão alegando que Bolsonaro não apresentou argumentos suficientes para interromper a investigação. Este caso está sendo analisado pela 1ª Turma do STF em plenário virtual, e os demais ministros têm até o dia 18 para votar. Até o momento, Moraes é o único que emitiu seu posicionamento.
A defesa de Bolsonaro afirmou que aguardará o término do julgamento para se pronunciar. O pedido de arquivamento do inquérito foi baseado na alegação de que o relatório da investigação foi concluído antes da manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR), que solicitou o arquivamento do processo em fevereiro de 2022, mas teve seu pedido negado por Moraes em agosto do mesmo ano.
O inquérito teve início em 2021 e tem como foco investigar se Bolsonaro, o deputado federal Filipe Barros (PL-PR) e o delegado da Polícia Federal Victor Neves Feitosa divulgaram informações confidenciais do TSE nas redes sociais. Moraes apontou que o objetivo do trio era disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro. A reportagem tentou contatar Barros e Feitosa, porém, não obteve resposta até o momento da publicação.