A Vale, em conjunto com as empresas Samarco e BHP, anunciou recentemente que está em fase final de negociação de um acordo para reparar os danos causados pelo rompimento da barragem do Fundão, em Mariana (MG), em 2015. Segundo informações do jornal “O Estado de S. Paulo”, os termos discutidos envolvem um montante total de R$ 170 bilhões para mitigar os impactos socioambientais, cobrindo tanto obrigações passadas quanto futuras.
De acordo com a Vale, esse valor terá um impacto de R$ 5,3 bilhões nos resultados do terceiro trimestre de 2024, com a divulgação dos resultados agendada para a próxima quinta-feira. Do total a ser destinado à reparação, R$ 100 bilhões serão pagos ao governo federal, estados e municípios ao longo de duas décadas para financiar programas e ações compensatórias. Além disso, parte do montante inclui investimentos de R$ 38 bilhões em medidas de remediação e compensação, e outros R$ 32 bilhões em obrigações que serão assumidas pela Samarco.
A Vale reafirmou sua responsabilidade em financiar até 50% dos valores que a Samarco não puder arcar. As negociações ainda estão em andamento e nenhum acordo final foi assinado até o momento. O objetivo desse acordo em discussão é encerrar todas as ações civis públicas e outros processos movidos por entidades públicas relacionados ao desastre. A proposta de incluir R$ 100 bilhões em dinheiro novo parece estar sendo bem recebida pelos envolvidos, incluindo Ministérios Públicos e Defensorias.