O candidato a prefeito de São Paulo pelo PSOL, Guilherme Boulos, entrou com uma ação na Justiça solicitando a inelegibilidade do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos). A ação foi motivada após Tarcísio afirmar que o Primeiro Comando da Capital (PCC) teria determinado voto em Boulos, sem apresentar provas concretas.
Além disso, Boulos também pediu a cassação do registro de candidatura ou diploma de Ricardo Nunes (MDB) e Ricardo de Mello Araújo (PL), alegando que estes candidatos teriam sido beneficiados pelas declarações do governador.
Boulos acusa Tarcísio de abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social ao difundir acusações prejudiciais à sua campanha durante o horário de votação. A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo informou que a Polícia Militar interceptou mensagens atribuídas ao PCC determinando a escolha de candidatos em algumas cidades, incluindo São Paulo.
A defesa de Boulos argumenta que a declaração do governador está sendo explorada de maneira criminosa por apoiadores de Nunes em grupos de WhatsApp. Já as campanhas de Ricardo Nunes e Mello Araújo criticam o pedido de inelegibilidade de Tarcísio, considerando-o um ataque à democracia.
A ação assinada pelo advogado de Boulos pede a inelegibilidade de Tarcísio com base em um artigo específico da legislação eleitoral, por um prazo de oito anos, destacando a necessidade de investigar a suposta influência do PCC no pleito.
Em resposta, Tarcísio afirmou que foram tomadas medidas para garantir a tranquilidade das eleições, reforçando o policiamento nas cidades com segundo turno. A situação continua em desenvolvimento e será analisada pela Justiça Eleitoral.