No terceiro trimestre, o Bradesco registrou um lucro líquido recorrente de R$ 5,225 bilhões, marcando um aumento de 13,1% em comparação com o ano anterior e de 10,8% em relação ao trimestre anterior. O banco também viu crescimento em sua carteira de crédito, especialmente nas operações voltadas para empresas, que aumentaram em 11,2% em um ano.
Apesar dos resultados positivos, as ações do Bradesco fecharam em baixa de 3,41% (ON) e 4,39% (PN), devido em parte ao cenário de juros elevados e incertezas econômicas que afetaram a percepção do mercado em relação ao banco.
O Bradesco adotou uma abordagem mais cautelosa na concessão de crédito, priorizando operações de menor risco e clientes com maior renda. Isso resultou em uma redução nas margens, porém também em uma diminuição significativa nas despesas com provisões contra inadimplência, que caíram 22,4% em um ano.
Apesar dos avanços em diversos indicadores, o ambiente econômico desafiador gerou preocupações no mercado sobre a sensibilidade do Bradesco aos ciclos econômicos locais. O banco, no entanto, expressou confiança na solidez de sua carteira de crédito, mesmo em um contexto adverso.
Além disso, o Bradesco anunciou o lançamento do segmento de serviços Bradesco Principal, voltado para clientes de alta renda com renda mensal a partir de R$ 25 mil ou investimentos entre R$ 300 mil e R$ 10 milhões. Essa iniciativa faz parte dos esforços do banco para aumentar o retorno e fortalecer a fidelidade dos clientes.