Vladimir Putin faz visita oficial à Coreia do Norte e estreita laços com Kim Jong-un
O presidente russo, Vladimir Putin, chegou a Pyongyang em uma visita marcante que fortalece a relação entre Rússia e Coreia do Norte. Putin adotou uma linguagem comunista ao chamar Kim Jong-un de “camarada” e iniciou um exercício militar de dez dias com a Frota do Pacífico russa, envolvendo 40 navios e 20 aeronaves na região da península coreana e Japão.
Kim Jong-un recebeu pessoalmente Putin no aeroporto da capital norte-coreana e estão previstas negociações, assinaturas de acordos, concerto de gala, banquete de Estado, possivelmente um desfile militar e visita a uma igreja ortodoxa russa durante a estadia do presidente russo.
A visita de Putin é vista como um aprofundamento das relações estratégicas e comerciais entre os dois países, com a Coreia do Norte recebendo tecnologia espacial e de mísseis russos em troca de munição para a Rússia. Além disso, a presença russa na região é interpretada como um apoio estratégico à Coreia do Norte em meio à atual tensão geopolítica, com a Rússia se opondo aos Estados Unidos.
A Coreia do Norte, frequentemente em conflito com a Coreia do Sul e os EUA, tem realizado exercícios militares e testes de mísseis balísticos. A retórica de Putin durante a visita destaca o apoio russo à Coreia do Norte contra seus “inimigos agressivos”, referindo-se aos EUA.
A presença de Putin em Pyongyang ocorre em um momento de alta tensão geopolítica, e representa um sinal de apoio estratégico e político à Coreia do Norte. Após a visita, Putin seguirá para o Vietnã, outro país que mantém laços com o Ocidente, mas que optou por não participar de uma recente cúpula de paz convocada pela Suíça.