Três coronéis do Exército foram indiciados sob a suspeita de terem elaborado uma carta no final de 2022 que pressionava a cúpula das Forças Armadas a promover um golpe contra a eleição de Lula (PT). Os indiciados são o coronel da ativa Anderson Lima de Moura e os coronéis da reserva Carlos Giovani Delevati Pasini e José Otávio Machado Rezo, enquanto o coronel Alexandre Castilho Bitencourt da Silva não foi indiciado devido a uma liminar que suspendeu a apuração dos fatos.
Os crimes atribuídos aos coronéis incluem crítica indevida e incitamento à disciplina, com penas que podem chegar a 5 anos de detenção de acordo com o Código Penal Militar. O Ministério Público Militar irá agora analisar a investigação para decidir se apresentará denúncia contra os oficiais, ressaltando que o indiciamento não presume a culpa dos suspeitos.
A carta de teor golpista foi divulgada em novembro de 2022, com o intuito de pressionar o então comandante do Exército a apoiar um golpe militar. O texto clamava pelo restabelecimento da lei e da ordem, visando preservar a liberdade de expressão dos cidadãos brasileiros. A investigação teve início após o comandante abrir uma sindicância interna para identificar os responsáveis pela redação e assinatura da carta, envolvendo um total de 37 militares.
Os militares envolvidos receberam punições que variaram de advertências a detenções, de acordo com o critério estabelecido pelo comandante da região militar correspondente. A divulgação da carta causou repercussão dentro do Exército, com o Alto Comando alertando sobre as consequências para aqueles que aderissem ao manifesto.