A proposta de reserva de vagas nas comissões do Flamengo para mulheres e pessoas negras foi rejeitada pela Comissão de Estatuto do clube, sob a alegação de que configuraria discriminação, conforme o artigo 3º do estatuto que proíbe tal prática. A proposta, apresentada pela conselheira Marion Konczyk Kaplan, sugeria a implementação de cotas de 10% para negros e mulheres em todas as comissões.
A autora da proposta e parte do Conselho manifestaram indignação com a decisão da Comissão, considerando-a ultrapassada. A rejeição gerou debates internos, com conselheiros questionando a argumentação utilizada.
A Bancada Feminina do clube, responsável por protocolar a proposta das cotas, buscava promover a equidade de gênero e a diversidade no ambiente esportivo. Alegações de discriminação em relação às cotas foram rebatidas, citando exemplos de sua aplicação em outras instituições e leis que visam fomentar a inclusão de mulheres e negros em diferentes setores.
A decisão da Comissão de Estatuto, composta exclusivamente por homens, e a maioria masculina no Conselho Deliberativo do Flamengo foram alvo de críticas. A Bancada Feminina repudiou a justificativa da comissão e solicitou uma reavaliação da questão, defendendo as cotas como uma medida temporária para corrigir desigualdades e alcançar a igualdade de gênero.