Domingo, Novembro 24, 2024
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Estudo aponta que a maioria dos brasileiros apoia a criação de imposto para reduzir o consumo de álcool

Um estudo realizado pela Vital Strategies revelou que a maioria da população brasileira, 61%, é favorável à implementação de impostos para diminuir o consumo de bebidas alcoólicas. Além disso, 62% concordam que uma tributação mais alta poderia reduzir efetivamente o consumo. Com esses resultados, a Vital Strategies e a ACT Promoção da Saúde lançaram a campanha “Quer uma dose de realidade?”, com o objetivo de sensibilizar os parlamentares a incluir o Imposto Seletivo sobre bebidas alcoólicas na reforma tributária em discussão.

O diretor-geral da Vital Strategies Brasil, Pedro de Paula, enfatizou que a adoção de um sistema de tributação misto, com taxas mais altas para desencorajar o consumo, poderia colocar o Brasil em conformidade com as melhores práticas globais de redução de mortes relacionadas ao álcool. Ele ressaltou que a reforma tributária tem o potencial de salvar vidas e que uma redução de 20% no consumo de álcool poderia preservar entre 15 mil e 20 mil vidas anualmente no país.

A pesquisa também indicou que 77% dos brasileiros acreditam que é dever do governo lidar com os problemas associados ao consumo de álcool, e 78% estariam dispostos a apoiar petições em favor da implementação de políticas sobre o assunto. A proposta em análise sugere alíquotas específicas para bebidas alcoólicas, com destaque para a taxação com base no teor alcoólico e no tamanho da embalagem, além de uma alíquota percentual sobre o preço do produto.

A indústria de bebidas tem expressado preocupações em relação aos altos níveis de tributação propostos, alegando possíveis impactos negativos no setor. O debate também inclui a possibilidade de isenção do Imposto Seletivo para pequenos produtores de bebidas alcoólicas enquadrados no Simples Nacional. Vários setores, como cervejarias, vinicultores e supermercados, estão envolvidos na discussão, buscando equilibrar questões de saúde pública, impacto econômico e competitividade no mercado de bebidas alcoólicas.

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