Domingo, Novembro 24, 2024
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Eleição de Trump impacta debates do G20 sobre reformas da ONU e FMI

A vitória de Donald Trump nas eleições presidenciais dos Estados Unidos lança sombra sobre os debates sobre a reforma da governança global na próxima cúpula do G20, que está agendada para os dias 18 e 19 de novembro no Rio de Janeiro, de acordo com análises de especialistas consultados pela Agência Brasil.

A proposta de reforma de instituições como o Conselho de Segurança da ONU, o FMI e a OMC é uma das prioridades do governo brasileiro para o G20, que reúne as 19 maiores economias do mundo, bem como a União Africana e a União Europeia.

A vitória de Trump é considerada um obstáculo momentâneo para o debate sobre as reformas nos organismos internacionais. Analistas apontam que a administração Trump não está interessada em dedicar esforços para lidar com questões dentro do G20, especialmente em temas como a agenda ambiental, que o presidente norte-americano rejeita.

A cúpula do G20 enfrenta um enfraquecimento com a derrota da candidata democrata à presidência dos EUA, Kamala Harris, conforme mencionado pelo professor Leonardo Trevisan, da ESPM. A incerteza em relação às ações dos EUA sob a liderança de Trump também contribui para a fragilidade da cúpula do G20.

Os defensores da reforma da governança global argumentam que as instituições criadas após a Segunda Guerra Mundial não refletem mais a nova fase da geopolítica mundial e não são capazes de garantir a paz internacional. A Declaração do Brics e as discussões no G20 deste ano também apoiaram a reforma das instituições internacionais.

No entanto, especialistas acreditam que uma reforma efetiva da governança global é improvável, uma vez que isso implicaria que os atuais membros com poder no Conselho de Segurança da ONU cedessem poder para novos membros, o que é considerado pouco provável devido às tensões geopolíticas envolvidas.

As decisões tomadas no G20 não são vinculativas, mas servem como um posicionamento político. A esperança é que, através de consenso no G20, no futuro a reforma da governança global possa se concretizar.

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