Domingo, Novembro 24, 2024
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Estudante iraniana é hospitalizada após protestar contra código de vestimenta no Irã

Estudante iraniana é hospitalizada após protesto contra código de vestimenta

Uma estudante no Irã desafiou as regras rígidas do código de vestimenta do país ao se despir dentro de uma universidade, o que resultou em um apoio significativo nas redes sociais, mas também levantou preocupações sobre possíveis represálias por parte das autoridades. Organizações de direitos humanos expressaram temores de que a estudante, que teria sido levada para um hospital psiquiátrico, possa estar sendo submetida a torturas.

No Irã, é comum que prisioneiros, especialmente manifestantes, sejam encaminhados para hospitais psiquiátricos, onde há relatos de tortura contra prisioneiros políticos, incluindo choques elétricos, espancamentos e uso de drogas para subjugá-los.

O protesto da jovem ocorreu na Universidade Islâmica Azad, em Teerã, onde ela desafiou as instruções para usar o véu islâmico, retirando suas roupas até ficar apenas com roupas íntimas. Um vídeo do protesto se tornou viral, chamando a atenção de internautas e líderes de organizações não governamentais.

Alguns veículos de mídia iranianos sugeriram que a ação da estudante poderia ser decorrente de problemas de saúde mental, o que supostamente justificaria sua internação em um hospital psiquiátrico. Dias depois, o governo iraniano afirmou que a jovem estava recebendo tratamento, sem fornecer detalhes sobre a natureza desse tratamento.

Embora a identidade da estudante não tenha sido oficialmente divulgada, nas redes sociais há especulações de que ela seja Ahou Daryaei, estudante de Literatura Francesa. A solidariedade online é notável, com mensagens de apoio sendo amplamente compartilhadas entre os usuários.

O Centro para os Direitos Humanos no Irã (CHRI) criticou veementemente a transferência da estudante para o hospital, chamando-a de “sequestro”. O diretor Hadi Ghaemi afirmou que as autoridades iranianas utilizam a hospitalização psiquiátrica involuntária como forma de reprimir opositores, alegando instabilidade mental para minar a credibilidade dos manifestantes.

Fonte: Notícias ao Minuto

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