Terça-feira, Novembro 26, 2024
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Israel impõe limitações à comunicação de servidores com veículo de imprensa que critica Netanyahu

Israel proíbe funcionários de se comunicarem com jornal crítico a Netanyahu

No último domingo (24), o governo de Israel gerou controvérsia ao proibir funcionários públicos e de empresas estatais de se comunicarem com o jornal mais antigo do país, o Haaretz. Além disso, suspendeu a veiculação de anúncios publicitários do governo no veículo.

A medida, aprovada de forma unânime por todas as pastas do governo, incluindo o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu, foi justificada pelo ministro das Comunicações, Shlomo Karhi, como uma forma de evitar o financiamento de críticas consideradas prejudiciais ao Estado de Israel.

O Haaretz, que possui orientação centro-esquerda, tem sido um crítico contundente da atual coalizão de governo, a mais à direita da história de Israel, e tem defendido um cessar-fogo na guerra entre Israel e o Hamas. Suas reportagens investigativas, que expõem irregularidades, têm causado atritos com as autoridades.

O jornal respondeu à proibição, classificando-a como oportunista e questionando a falta de parecer jurídico do escritório da Procuradoria-Geral. Em comunicado, afirmou que manterá sua independência editorial e não se tornará um veículo governamental.

Essa não é a primeira vez que o Haaretz enfrenta retaliação do governo. No ano passado, assinaturas do jornal mantidas por órgãos estatais foram encerradas e anúncios do governo suspensos.

Durante o conflito na Faixa de Gaza, a gestão de Netanyahu tem reprimido a imprensa, chegando a censurar reportagens e fechar as operações da emissora Al Jazeera em Israel sob a justificativa de ameaça à segurança nacional.

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