Nesta quarta-feira (19), o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) se reúne para decidir se corta ou mantém a taxa básica de juros, a Selic. A oscilação recente do dólar, a alta da inflação e os juros elevados nos Estados Unidos geraram incerteza sobre o encerramento do ciclo de cortes, iniciado em agosto do ano passado. Há a expectativa de uma possível redução de 0,25 ponto percentual.
Durante os últimos encontros, o Copom realizou cortes consecutivos na Taxa Selic, com seis reduções de 0,5 ponto e uma de 0,25 ponto, na última reunião em maio. O mercado financeiro projeta que a Selic permaneça em 10,5% ao ano até o final de 2024, conforme indicado no boletim Focus, uma pesquisa semanal com analistas.
O Copom tem enfrentado questões relacionadas às expectativas de inflação, conforme mencionado na ata da reunião anterior. A divisão entre os membros do Copom não foi motivada por questões políticas, mas sim pelo compromisso com as orientações anteriores. A inflação para 2024, estimada pelo boletim Focus, subiu para 3,96%, aproximando-se do teto da meta estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional.
A taxa básica de juros, a Selic, é um instrumento fundamental do Banco Central para controlar a inflação. A redução da Selic tende a baratear o crédito, favorecendo a produção e o consumo, enquanto o aumento visa conter a demanda aquecida. Além da Selic, outros fatores influenciam as taxas de juros praticadas pelos bancos, como o risco de inadimplência e despesas administrativas.
A meta de inflação para 2024 é de 3%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. O Banco Central projeta encerrar o ano com uma inflação de 3,5%, porém essa estimativa foi divulgada antes de eventos recentes, como a alta do dólar e as enchentes no Rio Grande do Sul. Um novo relatório de inflação será divulgado no final de junho.