O governo de Israel aprovou um cessar-fogo de pelo menos dois meses com o grupo libanês Hezbollah, mediado pelos Estados Unidos. A decisão foi tomada em meio a intensos ataques ao Líbano no conflito. O primeiro-ministro Binyamin Netanyahu afirmou que estão preparados para repatriar os cidadãos deslocados pela guerra para o norte e prometeu reagir caso o Hezbollah viole o acordo.
Netanyahu enfatizou a importância do cessar-fogo para reforçar as tropas israelenses com armamentos, após mais de um ano de conflito em diversas frentes. Esta é a segunda trégua aceita pelo governo de Israel desde que o Hamas iniciou os ataques em 2023.
A trégua foi acertada com os EUA, mas Netanyahu não se comprometeu com a duração exata, deixando claro que dependerá dos acontecimentos no Líbano. O Hezbollah, aliado do Hamas, concordou em cessar os ataques durante a trégua para permitir que ambos os lados se reagrupem.
A mudança de curso no conflito também foi influenciada pelas condições internas nos EUA, com o presidente Biden adotando uma posição mais rígida em relação a Israel após pressões eleitorais. A França também participou das negociações, e espera-se um comunicado conjunto dos presidentes Biden e Macron.
O acordo de cessar-fogo se baseia em termos anteriores que falharam, relacionados à resolução 1710 da ONU. A escalada da violência nos últimos dias foi estratégica para demonstrar força aos públicos domésticos.
O conflito já resultou em um alto número de mortes e deslocamentos, com Israel e o Líbano registrando baixas significativas. A trégua visa proporcionar um alívio e abrir espaço para negociações mais amplas nos próximos 60 dias.