O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, decidiu manter em sigilo o acordo de delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, devido às diligências em curso, conforme decisão tomada nesta terça-feira (26).
Na semana anterior, Moraes já havia confirmado a validade do acordo de delação premiada de Mauro Cid, que foi convocado para depor após negar, em seu depoimento à Polícia Federal (PF), conhecimento sobre um suposto plano golpista para assassinar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o vice-presidente Geraldo Alckmin e o próprio Alexandre de Moraes.
Segundo informações da Operação Contragolpe, uma das reuniões do alegado plano golpista ocorreu na residência do general Braga Netto, em Brasília, com a presença de Mauro Cid. Durante o interrogatório, o ex-ajudante de ordens forneceu as informações solicitadas, garantindo os benefícios do acordo de delação premiada, incluindo o direito de responder às acusações em liberdade.
No ano anterior, Mauro Cid havia firmado um acordo de delação premiada com a PF, comprometendo-se a revelar informações que detinha durante o governo de Bolsonaro, como o caso das vendas de joias sauditas e a fraude nos cartões de vacina do ex-presidente.