O Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, está considerando elaborar uma denúncia conjunta ao STF envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro, relacionada aos casos da suposta trama golpista, das joias sauditas e do cartão de vacina. A Polícia Federal já indiciou Bolsonaro por suspeitas de envolvimento em um plano para impedir a posse de Luiz Inácio Lula da Silva em 2022, juntamente com outras acusações.
Apesar de Bolsonaro não ser réu em nenhum dos casos nem formalmente acusado, a PGR irá revisar as investigações antes de decidir os próximos passos. A possibilidade de apresentar uma denúncia conjunta, unindo os casos, está sendo discutida, mas há opiniões divergentes entre os especialistas sobre a viabilidade dessa estratégia.
O Procurador-Geral está avaliando a possibilidade de apresentar a acusação conjunta apenas em 2025, enquanto alguns ministros do STF sugerem que o julgamento ocorra no primeiro semestre do próximo ano para evitar conflitos com o calendário eleitoral de 2026.
Alguns especialistas recomendam que sejam oferecidas três denúncias separadas, argumentando que as investigações são distintas e não apresentam conexões claras. Por outro lado, há defensores da construção de uma narrativa única, desde que devidamente fundamentada, para melhor apuração das condutas.
A decisão final sobre a estratégia a ser adotada caberá ao Ministério Público, que deverá considerar a viabilidade, eficácia e clareza da denúncia conjunta, se essa abordagem for escolhida.