De acordo com dados extraídos do Portal da Transparência, sete militares de alta patente receberam mais de R$ 2,2 milhões em verbas indenizatórias entre 2020 e 2023. Esses valores foram recebidos principalmente no momento em que esses militares passaram para a reserva. Essas indenizações, que ultrapassaram o teto constitucional, foram viabilizadas por reformas previdenciárias e decisões favoráveis aos militares implementadas durante o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro a partir de 2019.
Entre os militares mencionados, destaca-se o comandante do Comando de Operações Terrestres (Coter), Estevam Cals Theophilo Gaspar de Oliveira, que recebeu R$ 381,4 mil em novembro de 2023. Outros nomes incluem o coronel de Infantaria do Exército Cleverson Ney Magalhães, o ex-secretário-executivo da Secretaria-Geral da Presidência Mário Fernandes, o ex-ministro Walter Braga Netto, o Almirante Garnier da Marinha, o coronel Carlos Giovani Delevati Pasini e o ministro da Defesa sob o governo de Bolsonaro, general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira.
Esses militares foram recentemente indiciados pela Polícia Federal por suposta participação em uma tentativa de golpe de Estado. Eles são acusados de terem concordado com o golpe e terem disponibilizado suas tropas para apoiar o então presidente da República. Além disso, investigações sugerem que esses militares estavam envolvidos em planos como o “Punhal Verde e Amarelo”, que teria como objetivo atingir figuras políticas como o presidente Lula, o vice-presidente Alckmin e o ministro Alexandre de Moraes.
Fonte: [Notícias ao Minuto](https://www.noticiasaominuto.com.br/politica/2236601/militares-indiciados-por-golpe-foram-indenizados-em-mais-de-r-2-mi-apos-bolsonaro-mudar-regras)