Presidente Lula da Silva comenta prisão de general após receber alta hospitalar
Após ser liberado do Hospital Sírio-Libanês no último domingo, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva abordou com cautela a prisão do general da reserva Walter Braga Netto, ocorrida no sábado. Lula afirmou que, caso seja confirmado o envolvimento do militar na tentativa de golpe de Estado, ele deve ser punido de forma rigorosa, porém ressaltou a importância de respeitar a presunção de inocência.
Durante uma coletiva de imprensa, o presidente enfatizou a necessidade de responsabilizar os envolvidos nos acontecimentos, mas salientou que é fundamental manter o respeito à presunção de inocência. A prisão de Braga Netto não impactará o cronograma estabelecido pelo procurador-geral da República para a análise do relatório final da Polícia Federal no inquérito sobre o golpe.
De acordo com informações, a Procuradoria-Geral da República não pretende acelerar a denúncia contra os 40 indiciados, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, em decorrência da prisão do general. O processo seguirá conforme o planejado, com as conclusões previstas para o início de 2025.
Braga Netto foi detido preventivamente sob a acusação de obstruir a investigação, ao tentar adquirir informações sigilosas para compartilhar com terceiros e alinhar versões com aliados. O procurador-geral e sua equipe estão examinando cuidadosamente o material reunido pela PF, como depoimentos e perícias, a fim de formular a denúncia ao STF.
Ao deixar o hospital, Lula ressaltou a importância de proteger a democracia e a Constituição, destacando que o país não pode tolerar ações que ponham em risco esses valores fundamentais. A prisão de Braga Netto é considerada uma das mais significativas até o momento e pode fornecer novos elementos para as investigações sobre a tentativa de golpe.