O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) desbloqueou R$ 7,1 bilhões em emendas parlamentares em dois dias como parte de um esforço para avançar com o pacote de corte de gastos no Congresso Nacional. A liberação dos recursos foi autorizada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e tem como objetivo destravar a votação de projetos relacionados ao pacote fiscal, incluindo a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) e a Lei Orçamentária Anual (LOA).
Essas emendas pagas abrangem tanto emendas individuais quanto emendas de bancada, totalizando os R$ 7,1 bilhões. Além disso, o governo também destinou R$ 1,3 bilhão em verbas do Ministério da Saúde para hospitais e clínicas especializadas. No entanto, há uma parte de R$ 8 bilhões em emendas de comissão que ainda não foram pagas neste ano, o que tem levantado questionamentos no Congresso.
Apesar dos pagamentos realizados, há pressão dos parlamentares por mais liberações de recursos, especialmente em relação às emendas de comissão. O presidente da Câmara, Arthur Lira, se comprometeu a tentar votar o pacote fiscal ainda esta semana, mas a votação da LOA ainda gera incertezas.
A liberação das emendas tem levantado controvérsias e suspeitas no Congresso quanto às negociações em curso e à transparência no uso dos recursos. A expectativa é que o desenrolar dessas negociações tenha impacto nas votações das medidas propostas pelo governo nas próximas semanas.