O dólar fechou em alta de 0,35%, alcançando R$ 5,460, seu maior valor nominal desde o governo Lula. Inicialmente em queda, a moeda americana mudou de direção devido às críticas do presidente ao Copom e à deterioração do cenário externo. O Ibovespa também teve um comportamento semelhante, encerrando com alta de 0,15%, atingindo 120.445 pontos. O presidente Lula questionou a decisão do Copom, alegando que beneficiou especuladores em detrimento da produção.
A decisão unânime do Copom de manter a Selic em 10,5% ao ano foi bem recebida pelo mercado, que temia possíveis divisões internas. O comunicado do comitê ressaltou a necessidade de cautela diante do cenário global incerto e do aumento das projeções de inflação. Além disso, indicou que a Selic deve permanecer estável nas próximas reuniões.
Profissionais do mercado observaram que a saída de capital estrangeiro do país continua intensa, influenciando a cotação do dólar e o volume de negociações. Investidores estrangeiros têm optado por alocar recursos em outros países emergentes com perspectivas mais favoráveis do que o Brasil. A postura equilibrada do Copom foi considerada crucial para evitar impactos negativos na economia, em meio a um ambiente de transição turbulenta.