Durante os dois primeiros anos do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, uma análise realizada pela Folha de S.Paulo em parceria com a Elos Ayta Consultoria avaliou o desempenho de ações no mercado financeiro. Foi simulada uma carteira de investimentos chamada “carteira Lula”, composta por ações de setores variados, como construção civil, varejo e educação, refletindo as expectativas do mercado em relação ao governo.
No primeiro ano, essa carteira teve um desempenho positivo, com um aumento de 45,19%, superando o índice Ibovespa. No entanto, no ano seguinte, as ações tiveram uma queda de 22,27%, um resultado inferior ao do Ibovespa, que recuou 10%. Apesar disso, ao considerar os dois anos, a carteira ainda registrou um saldo positivo, com um crescimento de 13,33%, enquanto o Ibovespa teve um aumento de 10,06%.
O setor da construção civil, especialmente relacionado a programas como o Minha Casa, Minha Vida, teve um desempenho destacado, impulsionando o Índice Imobiliário da B3. Por outro lado, as ações do varejo e empresas educacionais enfrentaram desafios, refletindo a volatilidade do mercado e preocupações com questões macroeconômicas.
Na renda fixa, observou-se uma migração de investimentos para fundos atrelados ao CDI, devido à alta da inflação e dos juros. A previsão é que os investidores permaneçam mais cautelosos na Bolsa e que o mercado de crédito privado diminua no próximo ano.
Esses resultados demonstram a complexa interação entre o cenário político, econômico e financeiro, ressaltando a importância da análise criteriosa e da diversificação de investimentos.