O dólar encerrou a sexta-feira em baixa, após ajustes técnicos, porém ainda registrou alta pela quinta semana consecutiva em relação ao real. A moeda norte-americana fechou o dia cotada a 5,4413 reais, com uma queda de 0,38%. No entanto, na semana, o dólar acumulou uma valorização de 1,12%, e em 2024 já apresenta um aumento de 12,15%.
Os investidores demonstraram preocupação com o cenário fiscal e com as declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o Banco Central. A desconfiança do mercado em relação ao ajuste fiscal e o desconforto com as declarações de Lula contribuíram para a valorização do dólar. Mesmo após a decisão do Copom de manter a taxa Selic em 10,50% ao ano, o dólar não teve uma queda significativa.
Durante o dia, o dólar teve oscilações, atingindo a cotação mínima de 5,4232 reais e a máxima de 5,4623 reais, especialmente após críticas de Lula à manutenção da taxa de juros. Lula afirmou que o “nervosismo especulativo” em relação ao dólar não impactará a economia brasileira.
O mercado está apreensivo em relação ao futuro presidente do Banco Central em 2025, em meio a rumores de que o indicado por Lula poderia ter uma postura mais tolerante com a inflação. Em termos internacionais, o dólar se fortaleceu em relação a outras moedas fortes e de países emergentes.
Apesar da queda do dólar no final do dia, o mercado permanece vigilante em relação ao cenário político e econômico, fatores que continuam influenciando a cotação da moeda.