Protesto em Copacabana e na Avenida Paulista contra projeto de lei que equipara aborto tardio a homicídio
Centenas de manifestantes se reuniram na Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro, e em frente ao Museu de Arte de São Paulo, na Avenida Paulista, para protestar contra o Projeto de Lei 1904/24, que equipara o aborto acima de 22 semanas de gestação ao homicídio. O projeto propõe aumentar a pena máxima para quem realiza o procedimento de dez para 20 anos de prisão.
A assistente social Clara Saraiva, uma das organizadoras do ato, destacou que o projeto criminaliza as mulheres e protege os estupradores, impedindo o direito legal ao aborto após a 22ª semana de gestação.
A deputada federal Jandira Feghali também marcou presença nos protestos, enfatizando a importância da pressão popular sobre os parlamentares. Ela classificou o PL 1904 como inconstitucional e criminoso. Críticas foram direcionadas ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, por adiar o debate sobre o projeto para o segundo semestre após a pressão da sociedade civil e autoridades.
Os manifestantes em São Paulo expressaram suas razões contra o projeto, ressaltando a importância da mobilização contínua para impedir a votação do PL 1904 e defender o direito ao aborto legal, seguro e gratuito. A militante Letícia Parks enfatizou a luta pela autonomia das mulheres sobre seus corpos.
Fonte: Agência Brasil