A Semana Mundial da Alergia, promovida pela Organização Mundial de Alergias (WAO), tem como tema “Superando os Obstáculos em Alergia Alimentar”. O presidente do Instituto de Metabolismo e Nutrição, Daniel Magnoni, ressalta a importância de identificar e tratar a alergia alimentar, que afeta todas as faixas etárias, especialmente crianças e idosos, podendo resultar em complicações graves de saúde.
É crucial buscar orientação de especialistas para identificar a alergia alimentar, distinguindo-a da intolerância alimentar. Profissionais qualificados para realizar o diagnóstico incluem gastroenterologistas, nutrólogos, alergistas, imunologistas e pediatras.
No Brasil, a alergia alimentar está em ascensão, porém, erros de diagnóstico são comuns. Testes disponíveis em farmácias podem fornecer resultados falsos positivos, tornando essencial uma avaliação minuciosa por um especialista. O teste de provocação oral é fundamental, mas ainda não é amplamente acessível no Sistema Único de Saúde (SUS) e na saúde privada.
Para pacientes com alergia alimentar, é essencial eliminar o alimento desencadeador da dieta. O tratamento envolve uma equipe multidisciplinar, com a participação de nutricionistas e, em casos graves, a utilização de adrenalina autoinjetável. Infelizmente, no Brasil, o acesso a esse dispositivo é limitado, sendo importado e custoso.
A alergia alimentar é um desafio global de saúde pública. Estudos no Brasil indicam um aumento nos casos, especialmente em crianças. Alimentos comumente associados a alergias incluem leite, ovo, soja, trigo, peixes, frutos do mar, amendoim, castanhas e, mais recentemente, banana. A prevalência de alergias alimentares está em crescimento, com casos mais graves e persistentes sendo observados.