Mais de 160 autoridades de diferentes esferas do poder público, incluindo a Justiça, governos estaduais e a gestão Lula (PT), receberam autorização para participar do 12º Fórum de Lisboa, um evento liderado pelo ministro do STF Gilmar Mendes, conhecido informalmente como “Gilmarpalooza”. Parte dos convidados terá suas despesas cobertas com recursos públicos, totalizando pelo menos R$ 450 mil já utilizados para levar 30 autoridades a Portugal, onde o encontro está sendo realizado esta semana.
Estima-se que o montante total dos gastos públicos relacionados ao fórum ultrapasse esse valor, podendo chegar a pelo menos R$ 1 milhão em 2023, considerando despesas com diárias e passagens. O STF informou que a organização do evento está custeando as viagens dos ministros, mas não especificou qual entidade está arcando com esses custos, justificando que não é de sua responsabilidade fornecer tais informações.
O evento conta com a confirmação da participação do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, e dos ministros Gilmar Mendes e Cristiano Zanin. Outros ministros, como Alexandre de Moraes, Flávio Dino e Dias Toffoli, não responderam sobre sua presença no fórum. Vale ressaltar que Gilmar Mendes é sócio do IDP (Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa), um dos organizadores do evento, onde seu filho é um dirigente, juntamente com a FGV e a Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa.
A presença de autoridades em eventos como o Fórum de Lisboa tem gerado críticas devido aos altos gastos e à falta de transparência em relação a essas informações, levantando preocupações sobre possíveis conflitos de interesse. O Supremo Tribunal Federal também não detalha os gastos com seguranças dos ministros, alegando questões de segurança.
Diversas autoridades de diferentes órgãos e poderes, como ministros do STF, governadores, diretores de instituições e conselheiros, estão entre os participantes do evento, sendo questionados por falta de transparência em relação às viagens para eventos no exterior.