O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que os termos do decreto que estabelece a meta contínua de inflação foram negociados com toda a área econômica, incluindo o Banco Central. A meta permanecerá em 3%, com a mesma banda de tolerância de 1,5 ponto percentual. Haddad ressaltou que o decreto desobriga o Conselho Monetário Nacional (CMN) a fixar novas metas anualmente e destacou que qualquer alteração na meta deve ser feita com antecedência mínima de 36 meses.
A formalização da adoção da meta contínua de inflação a partir de 2025 foi assinada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Segundo Haddad, a demora na formalização se deu para respeitar o fim do mandato do atual presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, previsto para o final deste ano. O ministro enfatizou que a nova medida oferece um horizonte macroeconômico sólido para o Brasil, com o Banco Central sendo responsável por apresentar um plano de trabalho para manter a inflação dentro da meta.
Haddad também destacou a previsão de que 2024 terá o melhor resultado primário em dez anos, fruto de uma cuidadosa análise e negociação da medida para garantir o melhor para o país. A meta contínua de inflação estabelece que o Banco Central terá que prestar contas ao governo caso o alvo seja desrespeitado por seis meses consecutivos, proporcionando maior transparência e responsabilidade na condução da política monetária.