Terça-feira, Novembro 26, 2024
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Aumento das Taxas de Juros: Impacto das Críticas de Lula ao Banco Central

As taxas de juros futuras apresentam forte alta em meio às críticas de Lula ao Banco Central.

Nesta sexta-feira, as taxas do Depósito Interfinanceiro (DI) fecharam em elevação significativa, com alguns vencimentos registrando aumentos superiores a 20 pontos-base, marcando o quarto aumento consecutivo. O cenário fiscal brasileiro e as críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Banco Central impactaram a curva de juros, juntamente com a aceleração dos rendimentos dos Treasuries dos EUA.

No encerramento do dia, a taxa do DI para janeiro de 2025 fechou em 10,74%, em comparação com os 10,62% do ajuste anterior. As taxas para janeiro de 2026 e 2027 também subiram, atingindo 11,56% e 11,94%, respectivamente. Contratos de prazos mais longos acompanharam a tendência de alta, com a taxa para janeiro de 2031 em 12,42% e para janeiro de 2033 em 12,42%.

Durante o dia, Lula voltou a criticar o Banco Central e seu presidente, Roberto Campos Neto, levantando questionamentos sobre a taxa básica Selic e exigindo ação em relação ao câmbio. Campos Neto, por sua vez, alertou sobre os impactos das declarações de Lula nos preços e enfatizou a importância de ajustes fiscais eficazes.

Analistas de mercado apontam um desgaste na relação entre Lula e Campos Neto, contribuindo para a pressão nas taxas de juros. Além disso, o déficit primário do setor público consolidado em maio e o aumento da dívida bruta brasileira geraram preocupações adicionais.

Os rendimentos dos Treasuries dos EUA também influenciaram as taxas futuras no Brasil, com dados econômicos americanos divulgados durante o dia fortalecendo os rendimentos. A curva de juros indica 70% de chances de manutenção da Selic em 10,50% na próxima reunião do Copom em julho, com 30% de probabilidade de um aumento de 25 pontos-base.

Apesar de Campos Neto enfatizar que o aumento da Selic não é o cenário base do Banco Central, a curva de juros precifica uma elevação ainda em 2025. No mercado internacional, o rendimento do Treasury de dez anos subiu, influenciando as decisões de investimento em escala global.

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