A alta nos preços futuros de energia elétrica no mercado livre se deve a diversos fatores, como o baixo volume de chuvas, a possibilidade de formação do fenômeno La Niña e a estabilidade do mercado nos últimos anos. Especialistas alertam que essa tendência de aumento nos preços pode se acentuar no segundo semestre.
No mês passado, a principal plataforma de comercialização de energia do país, a BBCE, registrou um volume significativo de negociações, resultando no “melhor maio dos 12 anos” de operação, com transações totalizando R$ 6,31 bilhões. A expectativa é de que o mercado permaneça aquecido, com os preços em ascensão, conforme indicadores recentes.
A escassez de chuvas, principalmente na região Sudeste/Centro-Oeste, onde se encontra a maior parte do armazenamento de água do país, tem afetado negativamente os níveis dos reservatórios das hidrelétricas. Isso é agravado pela baixa retenção de água no solo, dificultando a recuperação dos níveis de armazenamento e vazão das usinas.
Embora os níveis dos reservatórios estejam em uma situação mais confortável do que no ano anterior, a sensibilidade do mercado a incertezas tem gerado ansiedade entre os agentes do setor. A aversão ao risco, aliada a possíveis atrasos no período chuvoso devido à formação do La Niña, tem impulsionado os preços para cima.
As projeções apontam para um aumento nos preços de energia elétrica, com previsão de elevação do Preço de Liquidação de Diferenças (PLD). A volatilidade do mercado também tem contribuído para essa alta, levando empresas a negociar energia para garantir seus contratos.
Em resumo, o mercado de energia elétrica enfrenta desafios devido às condições climáticas adversas e à instabilidade, resultando em preços mais altos e em um cenário incerto para os próximos meses.