A extrema-direita lidera o primeiro turno das eleições legislativas na França, com projeções indicando que poderá obter a maioria no parlamento. A Reunião Nacional (RN) obteve 33% dos votos, seguida pela Nova Frente Popular (NFP) com 28% e o bloco Juntos com 21%. A RN poderá conquistar entre 230 e 280 das 577 cadeiras da Assembleia Nacional, quase atingindo a maioria absoluta. A alta participação dos eleitores, motivada pela polarização entre direita e esquerda, marcou o pleito.
Caso nenhum bloco conquiste a maioria absoluta, um impasse político poderá ocorrer. A esquerda propôs uma união com o centro para derrotar a extrema-direita no segundo turno. O presidente Emmanuel Macron, cujo partido teve um mau desempenho, poderá enfrentar uma “coabitação” com um primeiro-ministro de oposição. A ascensão da RN é atribuída a preocupações sobre poder aquisitivo, criminalidade e imigração na França.
A liderança da extrema-direita gera incertezas sobre o futuro político do país, com possíveis mudanças significativas nas políticas e na composição do governo. A França se prepara para um segundo turno decisivo que poderá determinar a orientação política do país nos próximos anos.