O governo de Minas Gerais encerra situação de emergência em saúde pública por arboviroses
O governo de Minas Gerais anunciou o fim da situação de emergência em saúde pública causada por arboviroses, após mais de cinco meses da pior epidemia de dengue já registrada no estado. Em março, Minas Gerais representava cerca de um terço dos casos prováveis de dengue em todo o país. Apesar da melhora no cenário epidemiológico, o estado ainda lidera em números absolutos, com 1.655.210 casos prováveis da doença desde janeiro, e possui o segundo maior coeficiente de incidência do país.
De acordo com o Painel de Monitoramento de Arboviroses, o estado registrou 753 mortes confirmadas por dengue este ano, com mais 735 óbitos em investigação. A letalidade entre casos graves é de 5,82%, com a maioria dos registros em mulheres e na faixa etária de 20 a 29 anos.
Em virtude da explosão de casos em janeiro, Minas Gerais decretou emergência em saúde pública para facilitar o acesso a recursos federais e agilizar os processos de combate à doença. Além disso, estabeleceu o Centro de Operações de Emergências de Arboviroses (COE Minas Arboviroses) para promover uma resposta coordenada no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
Até o início de junho, o estado contabilizava 267 decretos municipais de situação de emergência em saúde pública devido às arboviroses, que incluem, além da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, todas transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti.