Produtores do Rio Grande do Sul expressam preocupação com apoio do Brasil à importação de arroz
Os produtores do Rio Grande do Sul estão reagindo de forma negativa ao apoio do governo brasileiro à importação de arroz, levantando questões sobre intervenção e tabelamento de preços. A Federação da Agricultura do Estado do Rio Grande do Sul (Farsul) alertou que as medidas adotadas podem desencorajar os agricultores a plantar na próxima safra e causar problemas futuros no abastecimento do produto.
Segundo a Farsul, o programa do governo que destina recursos para a compra de arroz importado, com a estatal Conab posteriormente vendendo o produto com preços controlados, é considerado uma intervenção significativa e ineficaz pelos representantes dos produtores gaúchos. Eles criticam a autorização para a importação de até 1 milhão de toneladas de arroz, classificando a medida como “tresloucada”.
O presidente da Farsul, Gedeão Pereira, destacou que o Estado já havia colhido boa parte da safra antes das enchentes, tornando questionável a necessidade de importações, uma vez que a oferta interna é suficiente. Ele também ressaltou que as enchentes têm afetado a logística de escoamento da produção e emitir notas fiscais, contribuindo para o aumento dos preços do arroz.
Além disso, o economista-chefe da Farsul, Antonio da Luz, alertou que o programa de importação representará a maior intervenção no preço de um produto não administrado desde o início do Plano Real, enfatizando a ineficácia de tabelamentos de preços no passado. Ele prevê que o arroz importado só chegará ao mercado no segundo semestre.
Diante das perdas estimadas em pelo menos 3 bilhões de reais nas lavouras inundadas, a Farsul está buscando apoio do governo federal para renegociações de dívidas e medidas de apoio para os produtores afetados.
Para mais detalhes, acesse a matéria completa no site da Notícias Agrícolas.