O subprocurador-geral do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), Lucas Rocha Furtado, solicitou que a Corte fiscalize as despesas do governo federal com campanhas publicitárias que promovem o pacote de corte de gastos e a proposta de ampliar a faixa de isenção do Imposto de Renda para salários de até R$ 5 mil. Ele pediu a suspensão das peças publicitárias caso seja confirmado “desperdício e custos desnecessários”.
Furtado questionou a pertinência de aumentar os gastos com a divulgação de medidas de redução de despesas, argumentando que as campanhas do governo devem informar a população sobre políticas públicas e programas governamentais. O governo lançou uma campanha com o slogan “Brasil mais forte, governo eficiente, país justo”, e a representação do subprocurador-geral também apontou indícios de descumprimento do princípio da eficiência na Administração Pública.
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou as medidas do governo em um pronunciamento em rede nacional, prevendo uma economia de cerca de R$ 70 bilhões nos próximos dois anos com o pacote de corte de gastos. Além disso, foi mencionada a proposta de isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês, com uma compensação através de uma taxação maior para aqueles com rendimentos acima de R$ 50 mil mensais. A estimativa é de uma renúncia de R$ 35 bilhões com essa medida.