A coalizão de esquerda Nova Frente Popular (NFP) surpreendeu no segundo turno das eleições legislativas francesas, tornando-se o maior bloco parlamentar em uma França dividida em três. Com quase 100% da apuração concluída, a NFP conquistou 181 assentos na Assembleia Nacional, seguida pela coalizão Juntos, de Macron, com 166 cadeiras, e pela Reunião Nacional (RN), de ultradireita, com 143 deputados. Nenhum dos grupos atingiu a maioria absoluta de 289 deputados, o que exigirá a formação de alianças para o próximo governo. Macron aconselhou prudência à esquerda e seu primeiro-ministro anunciou renúncia. Estratégias de desistências de candidatos de esquerda e do centro foram adotadas para evitar a vitória da ultradireita. Houve tumultos após as primeiras projeções, aumentando a tensão política no país. O resultado incerto gerou especulações sobre a liderança do governo, com possíveis nomes da esquerda sendo cogitados para o cargo de primeiro-ministro. Marine Le Pen expressou descontentamento com o resultado, enquanto Mélenchon defendeu a revogação da reforma das aposentadorias de Macron. O forte comparecimento às urnas e o número recorde de votos por procuração indicam um grande interesse público no pleito.
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