Nesta segunda-feira, o dólar à vista superou a marca de 5,65 reais, alcançando o maior valor em dois anos e meio ao encerrar a sessão. O aumento foi impulsionado principalmente por preocupações em relação à política fiscal do governo Lula e pela valorização da moeda dos EUA no cenário internacional. O dólar fechou o dia cotado a 5,6538 reais, com alta de 1,13% e acumulando um aumento de 16,53% em 2024. O contrato de dólar futuro também registrou uma alta, atingindo 5,6675 reais na venda.
Apesar de um início de sessão com queda do dólar, o cenário mudou ao longo do dia devido a fatores como o risco fiscal, as expectativas de inflação e declarações recentes do presidente Lula, que pesaram sobre o câmbio. As projeções de inflação para os próximos anos se afastaram da meta estabelecida, apontando para um déficit primário persistente até 2027. As críticas de Lula ao Banco Central e ao presidente da instituição também influenciaram negativamente o mercado.
O diretor do Banco Central reiterou o compromisso com a meta de inflação, porém alertou sobre os custos de uma política fiscal expansionista. No período da tarde, uma série de ordens de stop provocou uma alta no dólar, que atingiu o pico de 5,6582 reais. A moeda norte-americana também se fortaleceu em relação a outras moedas estrangeiras, em um dia de aumento nos rendimentos dos Treasuries. O Banco Central realizou a venda de todos os contratos de swap cambial tradicional oferecidos para rolar os vencimentos de setembro.