A fala do ministro Gilmar Mendes, do STF, sobre a possibilidade de revisão do impeachment de um ministro da corte pelos próprios magistrados gerou controvérsia entre os parlamentares bolsonaristas. Enquanto a oposição vê o comentário como um desafio ao Legislativo, os bolsonaristas planejam pressionar pela aprovação de projetos que facilitem o impeachment de ministros do STF. Gilmar Mendes questionou a adequação da lei de impeachment de 1946 à Constituição de 1988, mencionando casos anteriores de impeachment de presidentes que foram revisados pela corte.
As críticas se concentraram especialmente no ministro Alexandre de Moraes, frequentemente alvo de descontentamento por parte do bolsonarismo. Parlamentares bolsonaristas estão buscando apoio para propostas que agilizem o processo de impeachment de ministros do STF, como o projeto que estabelece um prazo de 15 dias para o presidente do Senado analisar os pedidos de impeachment.
Apesar de existirem defensores de mudanças no processo de impeachment, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, tem se mostrado contra a abertura desses processos. Ele formou uma comissão de juristas para debater a atualização da lei de impeachment de presidentes, mas não demonstrou interesse em avançar com propostas relacionadas ao impeachment de ministros do STF.
O debate sobre o impeachment de ministros do STF continua sendo discutido no Congresso Nacional, com diferentes opiniões e propostas que podem influenciar o futuro do tema nas próximas legislaturas.