Mulher pede desculpas ao ministro Alexandre de Moraes por pichar estátua da Justiça em frente ao STF
Débora Rodrigues dos Santos, detida três meses após os ataques que danificaram as sedes dos três Poderes em 8 de janeiro de 2023, foi identificada como autora da pichação na estátua da Justiça. Ela, que afirmou desconhecer o significado simbólico e o valor material da obra, enviou uma carta pedindo desculpas ao ministro Alexandre de Moraes.
A pichação ocorreu durante os tumultos na praça dos Três Poderes, e a estátua, avaliada entre R$ 2 milhões e R$ 3 milhões, é uma das principais obras do artista Alfredo Ceschiatti. Débora, casada e com dois filhos, está detida no Centro de Ressocialização Feminino de Rio Claro.
A defesa da cabeleireira tem argumentado a ausência de antecedentes criminais, a estabilidade familiar e a baixa probabilidade de reincidência em crimes como motivos para pedir sua soltura. No entanto, os pedidos foram negados até o momento.
Débora enfrenta acusações de associação criminosa armada, tentativa de subverter violentamente o Estado democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado e dano qualificado por violência e grave ameaça. Em setembro, os ministros da Primeira Turma do STF rejeitaram um recurso de sua defesa.
A situação de Débora tem gerado críticas, com sua irmã, Cláudia Rodrigues Leal, destacando que não há motivos válidos para considerá-la uma ameaça à sociedade. Cláudia mencionou as dificuldades enfrentadas por Débora, que está detida há quase dois anos, dividindo cela com outras 13 pessoas e enfrentando desafios, especialmente em datas festivas.
O nome de Débora tem sido mencionado em diferentes contextos, com parlamentares aliados ao ex-presidente Jair Bolsonaro solicitando sua libertação. Além disso, uma mensagem deixada por um autor de um atentado a bomba incluiu o nome de Débora.