Imane Khelif, boxeadora argelina, fez um apelo pelo fim do bullying contra atletas, ressaltando que a dignidade humana é prejudicada por alegações infundadas sobre seu gênero. Em entrevista, Khelif destacou a relevância de defender os princípios olímpicos e a Carta Olímpica, alertando sobre os graves impactos do bullying, capazes de destruir as pessoas.
Aos 25 anos, Khelif assegurou uma medalha nos Jogos de Paris 2024 ao se classificar para as semifinais na categoria de até 66 kg. Ela enfrentará Janjaem Suwannapheng pela vaga na final após vencer a húngara Anna Luca Hamori. A boxeadora, juntamente com outras atletas como Lin Yu-ting, tem sido alvo de alegações infundadas sobre seu gênero, mas o Comitê Olímpico Internacional tem defendido sua participação.
A controvérsia gerou debates, envolvendo figuras como Donald Trump, J.K. Rowling e Giorgia Meloni. O presidente do COI, Thomas Bach, reiterou o apoio às atletas, afirmando que elas são definidas como mulheres e competem como tal há anos. Khelif e Lin foram banidas do Mundial de 2023 pela Associação Internacional de Boxe, mas o COI as apoiou, enfatizando a falta de justificativa concreta para a exclusão.
Khelif agradeceu ao COI e a Thomas Bach pelo apoio recebido, destacando que a justiça foi feita. Ela preferiu não comentar sobre exames adicionais aos quais possa ter sido submetida, mas ressaltou sua satisfação com a solução encontrada. O apelo de Khelif enfatiza a importância de respeitar todos os atletas e evitar o bullying no esporte.