Acordo para aumentar influência da União sobre Eletrobras pode ter custo de R$ 12 bilhões
Um acordo em negociação entre a União e a Eletrobras para aumentar a influência do governo sobre a empresa pode resultar em um custo de R$ 12 bilhões para o governo federal. Esse montante inclui R$ 6 bilhões que a Eletrobras deseja receber para abrir mão de sua participação na Eletronuclear, responsável pelos investimentos da usina de Angra 3, e mais R$ 6 bilhões em dívidas da Eletronuclear, que seriam assumidas pela União.
A equipe econômica do governo tem resistido à negociação, argumentando que não vê justificativa para a União assumir uma empresa endividada e ainda ter que pagar por isso, perdendo parte de sua participação em uma empresa lucrativa como a Eletrobras.
A Eletrobras busca cobrar da União para se desfazer de sua participação na Eletronuclear, mas o governo está buscando um valor mais acessível. O impasse nas negociações levou a Advocacia-Geral da União (AGU) e a Eletrobras a solicitarem ao Supremo Tribunal Federal (STF) um prazo adicional de 45 dias para tentar chegar a uma solução amigável.
A proposta em discussão prevê a ampliação do número de assentos no conselho de administração da Eletrobras, com a União indicando três dos dez membros. O governo busca aumentar sua influência na companhia, mas a equipe econômica questiona assumir os custos bilionários da Eletronuclear em troca desse poder.