Especialistas preveem que as tarifas de energia permanecerão em bandeira vermelha por mais tempo devido ao clima seco
De acordo com especialistas consultados pelo Broadcast Energia, a combinação do clima seco e quente no Brasil, juntamente com a perspectiva desfavorável para a hidrologia, deverá manter elevados os preços da energia e as bandeiras tarifárias vermelhas pelo menos até outubro.
Para os meses seguintes, novembro e dezembro, ainda há incertezas em relação às cores das bandeiras, devido às dúvidas sobre o início do período úmido e a quantidade de chuvas que poderá ser observada. Os especialistas preveem um retorno à bandeira verde apenas a partir de 2025.
Na Comerc Energia, os estudos indicam que a bandeira vermelha deve permanecer em outubro, passando para vermelha patamar I em novembro e amarela em dezembro, com a expectativa de retorno à bandeira verde a partir de janeiro do próximo ano.
A diretora de Assuntos Regulatórios e Institucionais da Comerc Energia, Ana Carla Petti, ressalta que a falta de chuvas para outubro é um fator que contribui para a manutenção da bandeira vermelha. Ela destaca que a situação pode melhorar em novembro, mas ainda com afluência abaixo da média histórica.
As previsões indicam que a bandeira vermelha deve persistir nos próximos meses, com a Thymos Energia trabalhando com a perspectiva de bandeira vermelha para outubro e um retorno à bandeira verde apenas em 2025. Segundo a diretora de Regulação e Estudos de Mercado, Mayra Guimarães, novembro e dezembro ainda apresentam incertezas em relação ao início do período úmido.
Por outro lado, o diretor-presidente da Armor Energia, Fred Menezes, acredita que a bandeira vermelha pode se manter até os primeiros meses de 2025 devido ao tempo seco e a possível demora no início das chuvas.
Já o sócio da Ecom Energia, Marcio Sant’Anna, aponta que o retorno das chuvas no início do período úmido pode acelerar o retorno à bandeira verde. Apesar das previsões iniciais indicarem um início de temporada de chuvas mais fraco em outubro, Sant’Anna destaca que ainda não há indicações de atrasos significativos ou ausência do período úmido.