O ex-presidente Jair Bolsonaro foi defendido por Sergio Moro e outros congressistas bolsonaristas após ser indiciado pela Polícia Federal sob suspeita de peculato, lavagem de dinheiro e associação criminosa no caso das joias recebidas de governos estrangeiros. Enquanto isso, a base de Lula comemorou o indiciamento e mencionou a proximidade da prisão do ex-presidente nas redes sociais. O indiciamento coloca mais pressão sobre Bolsonaro, que está prestes a participar de uma conferência conservadora em Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Moro comparou a situação de Bolsonaro com a de Lula, destacando a diferença de tratamento entre situações semelhantes. Congressistas bolsonaristas, como Sóstenes Cavalcante e Flávio Bolsonaro, alegaram perseguição política e solidariedade ao ex-presidente. Enquanto isso, líderes ligados a Lula, como Gleisi Hoffmann e Lindbergh Farias, comentaram o desfecho da investigação destacando a busca pela verdade.
Bolsonaro foi indiciado por associação criminosa, lavagem de dinheiro e peculato, e o relatório da PF será analisado pela PGR. Além disso, outras dez pessoas também foram indiciadas, incluindo aliados do ex-presidente. Bolsonaro já havia sido indiciado em março em outro inquérito relacionado à falsificação de certificados de vacinas contra a Covid-19.
O destino de presentes recebidos por chefes de Estado foi regulamentado em 2002 e 2016, determinando que os itens recebidos em cerimônias com outros líderes devem ser considerados patrimônio público. Uma auditoria do TCU constatou que bens recebidos por Lula foram devolvidos à União, com exceção de oito itens que foram pagos em dinheiro.