BNDES libera montante recorde de R$ 7,3 bilhões do Fundo Clima para projetos de combate às mudanças climáticas
O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aprovou a liberação de R$ 7,3 bilhões do Fundo Clima, de um total de R$ 10,4 bilhões disponíveis para investimentos em projetos de combate às mudanças climáticas, entre os meses de abril e outubro deste ano. Desse valor, 70% (R$ 5,1 bilhões) foram direcionados para empreendimentos relacionados à transição energética. Para 2025, está prevista uma ampliação do aporte no fundo para R$ 20 bilhões.
As aprovações já são consideradas recordes, mesmo antes do final do ano. Antes de uma reestruturação em 2023, o Fundo Clima tinha atuação limitada, mas a partir desse processo, houve um significativo aumento nas liberações. Os números foram apresentados em um balanço preliminar pelo BNDES ao comitê gestor do fundo.
Os projetos aprovados abrangem diversas áreas, como eletrificação de frotas de ônibus, descarbonização de indústrias e preservação de florestas nativas. Destaca-se também o aumento da demanda por combustíveis sustentáveis, incluindo para transporte aéreo e navegação. O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, enfatizou a importância de dobrar os recursos do Fundo Clima, considerando a crescente demanda por combustíveis sustentáveis.
Prevê-se ainda a aprovação dos R$ 2,6 bilhões restantes disponíveis até o final deste ano, uma vez que as solicitações em análise somam um total de R$ 11,5 bilhões. Para 2025, as prioridades de investimento serão discutidas com o comitê gestor, com destaque para a produção de combustível sustentável de aviação (SAF).
O BNDES também observa oportunidades para projetos com biodiesel de segunda geração, biometano e está acompanhando a evolução do mercado em relação ao hidrogênio verde. Para o próximo ano, há expectativa em relação aos projetos dos prefeitos eleitos, com destaque para a eletrificação da frota de transporte público.
Por fim, as condições de financiamento do Fundo Clima foram ajustadas, visando tornar o acesso aos recursos mais acessível, com taxas de operação definidas pelo Conselho Monetário Nacional. O foco do fundo é financiar projetos com alto impacto na redução de emissões, contribuindo para o cumprimento das metas de redução de emissões do Brasil até 2025 e 2030.