Durante um comício em Caxias do Sul (RS), o ex-presidente Jair Bolsonaro insinuou que o presidente Lula e o Supremo Tribunal Federal (STF) estariam buscando facilitar seu assassinato. Ele alegou que Lula teria retirado dele dois carros blindados, o que não é previsto pela legislação para ex-presidentes, e mencionou que quatro assessores de segurança foram removidos por medidas cautelares. A Secom afirmou que Bolsonaro ainda tem direito a nomear servidores para sua segurança.
Tanto o STF quanto a Presidência optaram por não comentar as declarações de Bolsonaro. Ele relacionou a situação com o atentado contra Donald Trump nos Estados Unidos, insinuando que algo semelhante poderia ocorrer com ele no Brasil e ressaltando a importância de sua segurança. Bolsonaro também mencionou que a política no Brasil segue o mesmo padrão dos EUA e que Trump será reeleito.
Os seguranças citados por Bolsonaro foram alvos de medidas cautelares do STF, juntamente com ele, em investigações sobre fraude em cartão de vacinação, tentativa de golpe e venda clandestina de joias. A Secom reiterou que as regras para ex-presidentes são as mesmas para todos e que Bolsonaro não possui direitos extras além dos previstos na legislação.
Bolsonaro tem misturado acusações com campanha eleitoral e levantado críticas contra a Polícia Federal, relembrando o atentado que sofreu em 2018. Desde o indiciamento no caso das joias, ele tem se queixado de perseguição. As comparações com o atentado a Trump e as insinuações sobre sua segurança continuam sendo temas recorrentes em seus discursos.