No dia seguinte à definição do segundo turno da disputa municipal em São Paulo, os candidatos Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL) delinearam suas estratégias para a fase final da campanha. O prefeito, buscando a reeleição, planeja conquistar os votos das candidaturas derrotadas localizadas no que ele chama de “centro” e “direita” do espectro político. Por outro lado, o candidato do PSOL pretende manter um discurso crítico em relação à atual gestão e explorar o anseio por mudanças dos moradores da cidade, com foco na recuperação de apoio na periferia.
Nunes superou Boulos no primeiro turno por uma margem estreita de votos, com o candidato do MDB obtendo 29,48% dos votos válidos, contra 29,07% de Boulos, uma diferença de aproximadamente 25 mil votos. O prefeito espera atrair os eleitores de Pablo Marçal (PRTB) e acredita que parte dos eleitores de Tabata Amaral (PSB) também possa se alinhar à sua candidatura.
Por sua vez, Boulos destaca em sua estratégia a mobilização de políticos e lideranças de esquerda em uma iniciativa para conquistar votos nas periferias, contando com o apoio de vereadores recém-eleitos e líderes locais. Além disso, estão sendo planejados eventos com o ex-presidente Lula para ampliar sua base eleitoral.
Apesar das projeções dos institutos Datafolha e Quaest apontarem uma vantagem para Nunes sobre Boulos, o candidato do PSOL aposta na mobilização de apoio nas periferias e em uma estratégia de campanha mais incisiva para tentar reverter o cenário. A rejeição dos candidatos também é um fator relevante, com 38% dos eleitores rejeitando Boulos e apenas 25% rejeitando Nunes, o que pode influenciar no potencial de crescimento de cada um.
O segundo turno na capital paulista se mostra desafiador para Boulos, visto que historicamente o candidato que liderou no primeiro turno tende a vencer no segundo. A disputa promete ser acirrada, com ambos os candidatos buscando estratégias para conquistar o eleitorado e garantir a vitória nas eleições.