A taxação internacional das grandes fortunas, conhecidas como super-ricos, está avançando nas negociações do G20, grupo que reúne as principais economias do mundo. Durante uma reunião no Rio de Janeiro, os ministros de finanças e presidentes de bancos centrais devem aprovar uma declaração exclusiva abordando esse tema.
A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, embaixadora Tatiana Rosito, informou que as negociações estão em andamento, com as delegações buscando um consenso para a aprovação da declaração. A taxação dos super-ricos é uma das prioridades da presidência brasileira no G20.
Está sendo elaborada uma declaração exclusiva sobre a cooperação tributária internacional, incluindo a taxação das grandes fortunas. Rosito enfatizou que a iniciativa é destacada e que as conversas estão progredindo bem, apesar da necessidade de mais tempo para alcançar consensos em todos os temas.
A proposta de taxação dos super-ricos, que poderia afetar cerca de 3 mil indivíduos no mundo, tem potencial para arrecadar aproximadamente US$ 250 bilhões por ano, segundo cálculos de economistas. A embaixadora expressou confiança de que as declarações serão emitidas, diferentemente do que ocorreu em encontros anteriores do G20.
Além disso, a presidência brasileira adotou a estratégia de emitir declarações separadas para questões geopolíticas, a fim de evitar impasses. A coordenação com grupos de engajamento e organizações da sociedade civil também foi destacada como algo positivo, permitindo uma melhor apreciação das demandas sociais pelos ministros e líderes mundiais.
O G20 é composto por 19 países e dois órgãos regionais, representando a maior parte da economia mundial, comércio global e população do planeta. A presidência brasileira do G20 se estenderá até a reunião de cúpula em novembro, sendo sucedida pela África do Sul.