Sexta-feira, Dezembro 20, 2024
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Brasileiros expressam descontentamento com apostas esportivas online em nova pesquisa

Uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe), em parceria com a Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), revelou que quatro em cada dez brasileiros estão envolvidos com apostas esportivas online ou bets, seja como apostadores ou tendo familiares ou pessoas próximas praticando essa atividade. O estudo, que entrevistou 2 mil pessoas de diferentes regiões do país entre os dias 15 e 23 de outubro, teve como objetivo analisar percepções, hábitos e atitudes em relação às apostas online.

De acordo com os resultados, 45% dos entrevistados que participam ou têm pessoas próximas envolvidas em apostas afirmaram que a qualidade de vida deles ou de suas famílias foi afetada. Além disso, 41% relataram impacto nos seus compromissos financeiros, com 37% enfrentando dificuldades para comprar alimentos e 36% para pagar contas.

O estudo também mostrou que 24% dos apostadores fazem apostas diariamente, enquanto 52% apostam entre uma e seis vezes por semana. A pesquisa revelou que 57% dos entrevistados possuem uma visão negativa dos sites de apostas no Brasil, considerando-os “ruins ou péssimos”. A confiança nos sites de apostas entre os apostadores é baixa, com 85% demonstrando pouco ou nenhum nível de confiança.

Em relação aos métodos de pagamento, o Pix foi a forma mais utilizada, mencionada por 79% dos entrevistados, seguido por cartão de crédito (24%), cartão de débito (18%) e transferência bancária (17%). O valor mensal gasto com apostas varia de R$ 30 a R$ 500 para 52% dos jogadores, sendo que 14% gastam até R$ 30 por mês e 12% gastam mais de R$ 500. O futebol se destaca como o principal foco das apostas, representando 60% das práticas, enquanto outros tipos de apostas são menos comuns.

A pesquisa foi destacada como um ponto de partida importante para abrir discussões sobre o problema do jogo excessivo, visando prevenir impactos mais graves no endividamento e na estrutura familiar.

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