Segundo informações do jornal O Estado de S. Paulo, o financiamento público das campanhas, a falta de regras mais rígidas para a distribuição interna dos partidos e o curto prazo de análise dos registros pela Justiça Eleitoral podem levar ao desperdício de milhões de reais a cada eleição. De acordo com dados do Tribunal Superior Eleitoral, candidatos considerados inaptos receberam R$ 27,5 milhões dos fundos eleitoral e partidário nas eleições de 2020, com apenas uma pequena parte desse valor sendo devolvida ou redirecionada.
Com o aumento do fundo eleitoral para R$ 4,9 bilhões neste ano, especialistas alertam para um possível aumento do desperdício de recursos, pois mais dinheiro pode acabar nas contas de candidatos indeferidos, cassados ou que abandonam a campanha. A maior parte dos recursos destinados a candidatos inaptos refere-se a políticos barrados durante a análise dos registros de candidatura.
Um exemplo destacado é o caso de Adail Filho em Coari (AM), que gastou R$ 690 mil na campanha, mas teve o registro indeferido posteriormente. Outro caso mencionado é o de Bebeto Faria em Santos Dumont (MG), que concorreu mesmo com seu registro indeferido, utilizando R$ 510 mil do fundo eleitoral.
Em 2020, mais de R$ 26 milhões foram gastos por candidatos considerados inaptos, a maioria destinada a políticos com registros indeferidos ou que não cumpriram requisitos mínimos. Especialistas apontam que o prazo entre o registro de candidatura e o início da campanha é muito curto, o que contribui para o problema, já que não há tempo suficiente para identificar e impedir o uso indevido de recursos públicos.
Para mais detalhes, acesse a fonte da notícia [aqui](https://www.noticiasaominuto.com.br/politica/2165824/candidatos-barrados-nas-eleicoes-de-2020-custaram-r-26-milhoes).